quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eu!

A fênix que surge das cinzas
Um colosso criando ruínas
A cada queda levanta-se mais forte
Um lobo na neve... Preparando o bote!

Eu!

Influente, não influenciável
Poeta e bruto – gênio mutável!
Bruto e poeta , Incontrolável
Insano e cauteloso... Indecifrável

Eu!

Cicatrizes de glória, lembranças de dor
Toda uma trajetória – que não falta a memória!
Sorte nas cartas, azar no amor
Tentando mudar... Refazer essa história!

Eu!

Polemico, Imune e endêmico
Amado, odiado, respeitado
Esteja sozinho ou acompanhado..
Desde o ventre, agora e eternamente...

Eu!

-John Weverton


sábado, 15 de junho de 2013

Emérito


Os nervos se contraem
Gladiando com minhas vontades
O brilho dos olhos e as vaidades
Levemente se esvaem!

Cicatrizes no corpo, cicatrizes internas
Cicatrizes na alma.. cicatrizes eternas!
Meu jantar solitário a luz de velas..
Em solidão... dias se tornam eras!!

Catedrático em auto-destruição barata
Nobel em auto-piedade ingrata
Ah.. tua indeferença é o que me mata..
A culpa é o frio que me maltrata

O meu orgulho destruído aqui jaz
A alma em espasmo hipotérmico
Em sofrimento sou emérito..
Aprendendo com a falta que tu me faz!

-John Weverton




Poema que eu escrevi em homenagem à banda alemã Empyrium, e em anexo a tatuagem que fiz em homenagem a eles.

Empyrium

"Deixe-me sonhar com lagos de cristal
Da brisa fria me vem à inspiração
Envolto pela lua, pelo céu e pelas estrelas
Criações do meu coração pagão"

Florestas escuras, neblina clara
Poesia e musica, melancolia
A lua, da noite não se separa
Inspiração – na brisa fria

Quando as sombras crescem
Prantos de amores abandonados são ouvidos
Nossos corações moribundos apodrecem
A tristeza em silêncio não emite ruídos

Esta poesia em forma de musica
Traz-me a lembrança mais triste
Porque esta lembrança é a única
Mesmo sendo a mais bela que tive

Quantas vezes a lua brilhou
Refletida nesses lagos negros
Que pra mim eram os olhos
Que meu coração matou

Nenhum canto suspira dos meus lábios
Enquanto eu bebo o vinho da tristeza
Nenhuma estrela, reflete nos meus olhos
Nenhum vinho – diminui a frieza

Deixe-me sonhar com a melodia perfeita
Mesmo que eu ande pelos campos com dor no peito
Mesmo a esperança estando desfeita
Com a triste melodia.. tudo parece perfeito.


-John Weverton

domingo, 19 de maio de 2013

Escrever


Escreva um poema, Seu alguém!
Escreva um poema... Você não é um poeta!?
Ser um escritor... Não e a sua meta?
Leia um poema... Com desdém

Escreva um poema... Não seja inútil..
Escreva um poema... Nem que seja fútil..
Nem que seja bobo... Fuleiro
Escreva um poema... Companheiro.

Poeta sem nada - Poeta com tudo!
Escrevo pra ninguém... Falo com o mudo!
Escrevo... Continuo escrevendo... Sem reconhecimento..
Escrevo... Versos ao relento!

Escrevo... No país do futebol... Escrevo... No país da corrupção
Escrevo... Não tenho outra opção...
Escrevo! Pra mostrar... Minha opinião!
Escrevo... Contra a escravidão!!

Escrevo...

Será que um dia...
Alguém poderia...
Dar valor...
Em meu ardor...

Por escrever...

E ler...

O que eu tenho a dizer, sem esquecer!
O prazer em ter e a sabedoria...
Que poderia mudar a mentalidade...
Diminuindo a mortalidade...

Escrever...

Será que escrevo bem?
Não sei... Você é quem diz!!
Mas nada me contém...
Mesmo que escrever não tenha valor... Em meu país!!

-John Weverton


sábado, 27 de abril de 2013

Rascunho de Poema

Rascunho de Poema

Vejo a humanidade fazendo coisas em vão
O que está acontecendo? Não deveríamos evoluir?
A Coreia do Norte não é como o Japão!
Será que a destruição supera a superação?

...Como a razão do existir!
Humano, demasiado humano
Demais pra existir!
Humano, humano demais para sorrir!

Será que não aprendemos?
Milhões de mortos por um ideologia
Se houver a vitória, existirá a euforia!!
Será que não nos machucamos o suficiente..

Será que não sofremos?
Talvez não o bastantes..
Talvez por um instante..
Perceberemos!

-John Weverton



Pedra de Gelo


Pedra de Gelo


Uma pedra
Imóvel
Imperceptível
Insignificante

Em seu repouso e descanso eterno
Existência sem dor e duradoura é a dela
Sempre neste lugar belo – Seja verão ou inverno
Ah.. como eu queria ser uma pedra!

Permanência permanente
Eternamente inerente
Ao solo que não a machuca
Ela não sofrerá.. nunca

Ninguém machuca uma pedra!
Ela não pode ser magoada
Ela não pode ser acordada
Eu só queria dormir - dormir como uma pedra!

Ela nem mesmo sabe
Que é uma pedra – não tem consciência
Ela nem mesmo sabe
Da sua existência

Mas se as pedras tivessem mente
Uma simples pedra da terra
Querer ser ia - um diamante!
Sofreria com sua miséria..

Se ela soubesse que ali iria permanecer
Observando sem poder tocar  - tudo mudando
A sua volta – o mundo girando
Então, outra pedra ela desejaria ser..

Uma pedra de gelo – para no verão derreter!

-John

Inaugurando o Blog: Poema sobre a F.E.B.

Para inaugurar o blog, postarei meu poema mais conhecido. Publicado como encerramento do livro "Pracinhas Campineiros", que conta a história de soldados de Campinas que lutaram na segunda guerra mundial. Este poema é uma homenagem à Força Expedicionária Brasileira.

F.E.B

Mais fácil é, uma cobra fumar...
Do que eu, ao meu país – desonrar!
Uma nuvem de sangue e gelo sob o céu anil
Pensando em minha família, supero a dor e o frio!

Diante de um monte um homem parece pequeno...

Mas o sangue é quente derrete a montanha gelada
Agiganta o impávido colosso, de coração sereno!
Vai ao combate com amor por sua pátria amada...


Forjada em aço a história será lembrada
O grito de bravura eterno no tempo
Enquanto a nossa bandeira hasteada...
Suavemente dança com o vento!


O sol surge junto a glória em 21 de fevereiro
Nossos soldados admirados pelo mundo inteiro
Contra a tirania impiedosa e hostil...
A força expedicionária do Brasil!


-John Weverton