quarta-feira, 16 de março de 2022







O último suspiro


O céu em Lisboa está marrom com a poeira vinda do Saara

O ar me falta e sinto que é o fim

Por fim, a vida foi curta demais para mim

Por vezes dolorosa como uma ferida que não sara


Então é só isso? Me pergunto. 

Ela disse que o amor era só uma paixão 

Paixão que passou como um segundo... 

Sucinta, como minha passagem pelo mundo! 


No meu último suspiro sinto dor e alívio 

Nunca mais irei sofrer por alguém 

Sofrimento não mais verei pois meu olhar já não é vivo. 

Mesmo o daqueles poucos que por mim choram também 


Então eu aceito... 

Pois, o que há de se fazer? 

Adormeço... 

Tudo à escurecer. 


-John Costa

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